terça-feira, 10 de julho de 2012

Pesquisa Revela 50% de Esteatose Hepática em Grupo de Obesos


 O estudo avaliou, desde 2004, cerca de 300 adolescentes com idades entre 15 e 19 anos. Os pesquisadores observaram, entre os que apresentaram a doença, a incidência de esteatose nos graus 1 (cerca de 30% de gordura no fígado), grau 2 (entre 30% a 60%) e 3 (de 60% a 90%).

O grupo diagnosticado passou por um ano de tratamento clínico e nutricional, orientação psicológica e atividade física. Metade foi bem sucedida em reduzir os níveis de gordura para índices considerados saudáveis.

A coordenadora da pesquisa, Dra. Ana Damaso, explica que “a chance de cura existe, mas depende do emagrecimento. É importante que o paciente não perca peso muito rapidamente, porque, quando isso ocorre, a gordura estocada nas vísceras (região central do corpo) vai diretamente para o fígado, que não consegue sintetizá-la a contento e exportá-la novamente para a circulação, aumentando a quantidade de gordura intra-hepática”.

A doença vem sendo considerada como o novo marcador da Síndrome Metabólica, que, entre outros problemas, aumenta as chances de desencadeamento de hipertensão e doenças cardiovasculares associadas à obesidade.

A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) acaba de divulgar o resultado de estudo que revelou que cerca de 50% dos adolescentes obesos atendidos pelo Grupo de Estudos da Obesidade (GEO) do Departamento de Biociências, no Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício da Universidade apresentaram algum grau de esteatose hepática não alcoólica (acúmulo de gordura no fígado).:

Fonte: Abeso
Obesidade Aumenta Chance de Doença no Fígado


Vale ressaltar que 30% das pessoas que possuem esteatose evoluem para a cirrose e isso mesmo sem nunca terem ingerido bebida alcoólica!

De acordo com os especialistas, se a pessoa já possui hipertensão, diabetes, colesterol ou triglicérides altos, é maior o risco de infarto e derrame. E, se descobre que tem esteatose, é comum procurar um gastroenterologista para cuidar do fígado, esquecendo-se de que a doença não é de um órgão só, mas do corpo inteiro, podendo até causar um infarto.

Os especialistas explicam que a esteatose tem diversas causas, sendo a mais comum o ganho de peso abdominal, que costuma fazer parte de um problema maior, a síndrome metabólica.



Fonte: abeso