segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Efeito do treinamento de força sobre pressão arterial de indivíduos hipertensos controlados.

Segundo Fleck & Kraemer (2006), o treinamento de força (TF) pode ser descrito com uma forma de exercício que exige que a musculatura do corpo promova movimentos (ou tente mover) contra a oposição de uma força, geralmente exercida por algum tipo de equipamento.
Atualmente evidências apontam que o treinamento resistido (TR) ou treinamento de força (TF) podem contribuir na redução da pressão arterial de idosos hipertensos controlados. O que pode ser utilizado como um tratamento não-medicamentoso não só para prevenção, mas também como tratamento e controle da hipertensão arterial sistêmica (Terra et al, 2008; Mediano et al, 2005).
Segundo McArdle (2001), a pressão arterial reflete os efeitos combinados do fluxo sanguíneo arterial por minuto (isto é, débito cardíaco) e da resistência a esse fluxo oferecida pela árvore vascular periférica. Para o mesmo autor um aumento anormal dessa pressão arterial leva à hipertensão que impõe uma sobrecarga crônica ao sistema cardiovascular.
A hipertensão arterial constitui um risco potencial à saúde, principalmente, para o surgimento de doenças cardiovasculares. A prática regular de exercícios pode ser utilizada como um mecanismo auxiliar no controle da hipertensão (Terra et al, 2008). Foram observados decréscimos 11,3 + 9,1 e de 4,4 + 4,5mmHg na pressão arterial sistólica  (PAS) e pressão arterial diastólica  (PAD), respectivamente (Jannig et al, 2009), esses valores ressaltam a importância clínica dos resultados obtidos na redução da PAS e PAD, pois decréscimos de aproximadamente 2mmHg na PAS pode reduzir as mortes por apoplexia (acidente vascular cerebral) em 6% e a enfermidade cardíaca em 4% (Mcardle, 2001, p327).
O efeito hipotensivo do treinamento de força parece ser mais pronunciado sobre a PAS do que a PAD e é influenciado pelas variáveis agudas como o volume (Mediano et al, 2005), ordem de execução dos exercícios (Jannig et al, 2009) e estado de treinamento (Costa et al, 2010). Devido às diferenças metodológicas entre os estudos existem controvérsias em relação aos benefícios crônico do TF sobre a redução da PA, porém, singelas reduções na PA de repouso, mesmo não sendo estatisticamente significativas, são importantes para indivíduos hipertensos, pois mesmo sem nenhum estudo ter investigado os mecanismos responsáveis pela diminuição da PA após o TR acredita-se o somatório dos efeitos agudos de várias sessões de TR pode influenciar no controle da PA (Terra et al, 2008).
Sabendo-se que quanto maior a magnitude e a duração da HPE melhor é o efeito do exercício sobre a saúde do praticante (Mediano et al, 2005).
De acordo com as atuais evidências encontradas na literatura onde foram observados reduções na PA, significativa, por 60 minutos (Mediano et al, 2005) após um protocolo de TF.
Há a necessidade de investigar quais os protocolos que possam promover uma resposta hipotensiva duradoura e significativa, principalmente para os indivíduos que já se encontram com a PA elevada.

Referencias:

1.    Fleck, SJ; Kraemer, WJ. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3. ed. Porto Alegre : Artmed, 2006.

2.    Mediano M.F.F. Comportamento Subagudo da pressão arterial após o treinamento de força em hipertensos controlados. Rev        Bras Med Esporte. 2005; 11:337-40.


3.    Jannig, P.B. Influência da Ordem de Execução de Exercícios Resistidos na Hipotensão Pós-exercício em Idosos Hipertensos. Rev Bras Med Esporte – Vol, 15 Nº 5 – Set/Out, 2009.

4.    McArdle, WD. Fisiologia do exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano, 5ª edição. 2001

5.    Terra, D.F. Redução da Pressão Arterial e do Duplo Produto de Repouso após Treinamento Resistido em Idosas Hipertensas. Arq. Bras. Cardiol 2008; 91(5): 299 – 305.

6.    Costa, João B.Y. Influência do estado de treinamento sobre o comportamento da pressão arterial após exercícios com pesos em idosas hipertensas. Rev Bras Med Esporte – Vol, 16 Nº 2 – Mar/Abr, 2010.

domingo, 2 de outubro de 2011

Obesidade - Uma epidemia global que pede socorro.

A obesidade continua sendo uma epidemia mundial (McArdle, 2011). No Brasil estudos mostram um aumento na prevalência do sobrepeso e da obesidade nas últimas décadas de maneira significativa em diferentes populações (IBGE, 2008/2009).
A obesidade tem sido considerada como uma doença multifatorial e, como tal, sua etiologia pode-se tornar controvertida, visto que existem contribuições comportamentais, do estilo de vida e aspectos fisiológicos no desenvolvimento e na manutenção desta (Dâmaso et al 2003).
Dentro do estilo de vida a inatividade física ou o sedentarismo é um dos principais fatores que contribuem para o aumento do sobrepeso e da obesidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a inatividade física constitui o quarto fator de risco mais importante de mortalidade em todo mundo e o sobrepeso e a obesidade representam 5% da mortalidade mundial (OMS, 2010).

O envolvimento com exercícios eleva o gasto energético total (GET) contribuindo assim para um equilíbrio no balanço energético que se encontra positivo em indivíduos obesos, levando a um acúmulo de gordura corporal. Entre os componentes básicos do GET, ou da taxa metabólica diária (TMD) o gasto energético para a realização de atividades físicas é o mais variável da TMD, podendo representar de 10 a 50% do gasto diário total para indivíduos sedentários e ativos, respectivamente (Dâmaso et al 2003).
Estes aumentos no GET são fundamentais para o controle e prevenção do peso em indivíduos obesos, porém, além deste papel do exercício em elevar o GET é necessário que os efeitos do exercício possam durar em longo prazo. Assim, estudos mostram que o treinamento de força ou resistido é eficaz em promover um aumento no GET devido ao aumento na massa corporal magra e na taxa metabólica de repouso de indivíduos obesos (TMR). (Claudinei et al, 2002; Ryan, AS et al 1995).
Destacamos nesse momento o papel do exercício do tipo treinamento de força ou resistido na prevenção e controle do peso em indivíduos obesos em outro momento abordaremos outras intervenções evidenciadas na literatura para o mesmo fim.
REFERÊNCIAS:
1. McArdle, William D. Fisiologia do Exercício: nutrição, energia e desempenho humano. Guanabara Koogan, 2011.
2.http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_encaa/defaulttabzip_prev.shtm. data: 15/03/11   hora:17:33
3. Dâmaso, Ana. Obesidade. Ed. MEDSI, 2003.
4.  OMS, Recomendaciones mundiales sobre actividad física para La salud. 1. Ejercicio. 2. Estilo de vida. 3. Promoción de La salud.  4. Enfermidade crônica. 5. Programas nacionais de salud. I. Organizassem Mundial de La Salud. 2010.

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